A amizade não é
somente a convivência amiúde, quantas pessoas que convivemos cotidianamente e
nunca foram amigas. Nem o parentesco também é fator determinante de reciprocidade
de afeto.
O fator
determinante da amizade passa pela admiração, pela convergência de ideais e
pelas preferências às mais variadas opções que a vida oferece. Eu e Valiomar
optamos incontavelmente pelos mesmos caminhos, não obstante o nossos destinos
teimarem em nos separar nos enveredando por sendas diversas.
Valiomar no Maranhão com a prima Anacélia e o maranhense Fernando Moreira Lima |
Logo no
alvorecer da adolescência o destino me levou para Maranhão, mais de um milhar
de quilômetro de distância.
Não havia os
e-mails e nem celulares que tanto “aproximam” e as passagens de avião eram proibitivas para
jovens como nós.
Mas todos os
percalços não foram capazes de nos separar.
Por muitos anos
fomos vizinhos, por muitos anos curtirmos juntos o sítio Serra da Arara dos
nossos avós, mas o destino sempre a aprontar: colégios nunca foram nossos
pontos de encontros, mas nada enfraquecia nossos laços de irmandade.
Valiomar com a irmã Vilmar e nos seus braços a sobrinha Vanessinha, hoje médica |
Quase igual ao
número de grãos de areia nas praias, são as vezes que Valiomar foi ao Maranhão e
eu a Cajazeiras e João Pessoa para matarmos as saudades.
Valiomar, Galego de Zé Capitão, Dedé de Teotonho, Roberto Cartaxo e Wilzimar. |
Valiomar, agora Dr. Valiomar na festa de formatura no curso de medicina. |
Viagens internacionais
de Valiomar
É incrivel como ler o que vc escreveu me fez voltar a nossa infância, aquele portão da casa de primeiro andar da Padre Rolim, cujo portão no segundo muro dava em frente a nossa casa da Rua Victor Jurema. Parecia que não existia a rua que dividia as duas casa, nem portão, já que o mesmo não tinha ferrolho ou trave para impossibilitar a entrada de alguém, nós sempre fomos uma só familia, e vc e VALI eram irmãos inseparaveis que mesmo de pais diferentes tinham a mesma descendência biológica, e em tudo, até nas traquinagem estavam sempre juntos. Depois seu pai construiu a Casa da Victor Jurema, vizinha a nossa, depois também Tio Micenas. Com a vizinhança lateral sem a rua para dividir não sabiamos quando Valiomar estava em casa, ou na sua, ou vice-versa. Como vc bem diz nada o separou nem a mudança para o Maranhão. Enfim Deus os separou, como também nos levou o irmão mais presente. o filho mais prestativo, o tio mais amável, o amigo sempre disponível,
ResponderExcluirPassados seis anos, é como se fosse hoje relembrar o momento em que me Nanda me telefonou para dizer que ele estava muito doente e logo depois quando eu me aproximava da Igreja Nossa Senhora de Fátima para interceder ao Santíssimo pela sua vida, a notícia que ainda hoje magoa muito o meu íntimo.
Sei que chorar não o faz voltar, mas é sempre assim, prefiro pensar que ele está em João Pessoa e não nesta realidade que é muito nossa. Por que tinha que ser assim? Só Deus sabe.
Beijos. Vilmar Rolim